A Fictor Energia, divisão de infraestrutura e energia do Grupo Fictor, junto a uma joint venture com a WTT Participações, investe R$ 194 milhões em oito usinas de energia fotovoltaicas em Goiás com a previsão de geração total de 44 MWp. Localizado de norte a sul do estado em cidades com alta probabilidade de irradiação solar ao longo do ano, o grid inaugurou quarta-feira (14) o seu primeiro projeto: a Usina de Clima, localizada em Cocalzinho de Goiás (GO).
“É o nosso primeiro passo, de oito, na geração de energia limpa e na descarbonização que faremos no estado. Estamos muito felizes com a conclusão da Usina de Clima e com o que está por vir”, comenta Rafael Gois, CEO do Grupo Fictor. Ele lembra que o complexo de Usinas de Presidente Epitácio (SP) e a Usina de Autazes (AM) são outros projetos em operação dentro da joint venture entre a Fictor Energia e a Enerwatt WTT.
A criação do cluster de Goiás é recente – surgiu em setembro de 2023 – trazida pela companhia goiana Enerwatt, empresa controlada pela WTT Participações, que faz parte da joint venture junto ao Grupo Fictor. A Enerwatt possui especialização e experiência de 18 anos no mercado e mais de 5 mil MW em projetos de geração, transmissão e distribuição. “Vimos uma oportunidade de negócios importante e fizemos a aquisição do projeto, que estava em seus primeiros passos, com outra companhia”, explica Renato Amaral, diretor comercial da Enerwatt / WTT.
Com a entrega da energia a cargo da distribuidora Equatorial, na ponta do cluster estão duas revendedoras de energia associadas ao projeto como Offtakers, em contratos de 20 anos. Dentro desse modelo, as usinas são alugadas para uma cooperativa de propriedade da Offtaker na qual se agrupam os seus clientes. Tendo como público-alvo os consumidores B3, classe comercial, que consomem 645 GWh/ano.
Boa parte do investimento do cluster (R$ 164 milhões) é estruturado por meio de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) – para aquisição de bens de capital e pagamento de despesas financeiras e pré-operacionais dos projetos – e o restante (R$ 30 milhões) é do próprio caixa da companhia.
Além de Usina de Clima, na cidade de Cocalzinho de Goiás, localizada no centro do estado e no entorno de Brasília, estão previstas no cluster as unidades de: Caminho Aberto (Uruaçu), no norte do estado; Beleza (na cidade de Padre Bernardo); Futuro I (Bela Vista de Goiás); Futuro II (Águas Lindas de Goiás); Novel (Inhumas); Parabéns I (Pirenópolis), na região central; e Mundo Melhor II (Professor Jamil), no sul do estado.
Essas localidades foram estrategicamente escolhidas pela alta possibilidade de irradiação solar, com valores em torno de 5,0 kWh/m²/dia. O que indica um recurso de incidência quase 70% superior aos 3,0 kWh/m²/dia correspondentes à média solar da Alemanha – o país com maior capacidade energética por instalação fotovoltaica per capita no mundo.
Clima é uma das menores usinas do complexo, com 1,4 Megawatt pico de potência, enquanto outras cinco vão gerar pouco mais de 7 Megawatts pico cada. Com a conclusão do cluster no final deste ano teremos um total de 44 MWp em Goiás que gerará aproximadamente 78mil MWh de energia por ano. “É um volume de geração de energia fotovoltaica substancial. Queremos abrir uma nova perspectiva para os consumidores goianos, como os empresários do agronegócio, de que é viável e importante trabalhar com energia limpa, sustentável e que beneficia o meio ambiente ao reduzir emissões de carbono”, garante Abelardo Sá, Diretor de Energia e Infraestrutura do Grupo Fictor.
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